A prefeitura e o Governo do Estado estão engajados nas atividades da Semana Nacional de Mobilização contra o Aedes aegypti, iniciativa do Ministério da Saúde. Nesta quarta e quinta-feiras, 25 e 26, três tendas estarão montadas em pontos estratégicos da cidade para alertar sobre a importância de prevenir o desenvolvimento do vetor, responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Profissionais da Secretaria Municipal de Saúde – Atenção Primária em Saúde, Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) e Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) – estarão no Centro de Saúde Modelo, na região central da cidade; no Centro de Saúde Murialdo, na zona Leste; e no Hospital Vila Nova, na zona Sul. As atividades acontecerão pela manhã e à tarde. A intenção é levar à população mais informações sobre a eliminação de criadouros, prevenção ao desenvolvimento do inseto e medidas de proteção individual, como uso de repelente corporal e elétrico, em ambiente interno de residências ou estabelecimentos comerciais. A campanha do Ministério da Saúde tem âmbito nacional.
Com maior informação, a sociedade poderá intensificar as medidas de prevenção ao mosquito, explica o diretor da CGVS Anderson Lima. Ele lembra que o inverno de 2017 em Porto Alegre registrou temperatura média dois graus acima do observado no período 1981-2010 (médias são calculadas sempre em períodos de 30 anos). “Com frio intenso concentrado em períodos muito curtos, o clima na cidade constitui um quadro favorável para o mosquito Aedes aegypti”, explica.
De acordo com dados do monitoramento inteligente do Aedes, realizado por meio de 935 armadilhas de monitoramento instaladas em 31 bairros da Capital, neste inverno em nenhuma semana a infestação vetorial baixou a zero, e registrou-se a segunda maior infestação desde 2013, perdendo apenas para 2015. Isto significa que a população de adultos de Aedes aegyptifoi mantida ao longo da estação, permitindo uma retomada de níveis de população críticos para a transmissão de doenças logo no início da primavera. “Com isso a população deve redobrar os cuidados e intensificar as medidas preventivas: revisão de áreas externas e de qualquer ambiente propício a acúmulo de água, remoção de águas acumuladas e limpeza de recipientes visando a eliminar a presença de ovos do mosquito”.
O biólogo Getúlio Dornelles, da SMS, lembra que os ovos do Aedes aegypti podem ficar em ambiente seco por até 500 dias, eclodindo ao entrar em contato com água. Por isso é fundamental evitar qualquer acúmulo de água parada, até mesmo em uma tampinha de garrafa, explica o técnico. Embora o inseto esteja presente em toda a cidade, análises feitas em todas as fêmeas do Aedes aegypti coletadas nas armadilhas de monitoramento não registraram vírus das doenças nos insetos. Isso quer dizer que não há insetos infectados, o que diminui o risco da transmissão viral na Capital. No entanto, com o aumento do calor, aumentam as viagens de moradores de Porto Alegre para locais onde pode haver transmissão viral. Por isso, é importante que antes de viajar as pessoas verifiquem se o destino da viagem está entre aqueles em que há casos confirmados das doenças. De acordo com as boletins técnicos informativos mais recentes do Ministério da Saúde, os estados de Goiás, Ceará e Tocantins são os destinos com maior risco no momento.
Nos últimos anos, o Brasil tem registrado menor número de confirmação de casos de dengue, com redução drástica dos números em 2017: em 2015 foram confirmados 1.688.688 casos da doença no país; em 2016, 1.483.623. Em 2017, até início de setembro (1/1 a 2/9/17, Semana Epidemiológica 35), dados mais recentes publicados pelo Ministério da Saúde, foram 219.040 casos. Em relação à zika e chikungunya os números também são decrescentes. Zika: em 2016, foram 216.207 casos prováveis. Em 2017, 15.586. Chikungunya: 277.882 em 2016, contra 171.930 até a SE 35 de 2017. Em Porto Alegre, foram confirmados na cidade, até a Semana Epidemiológica 35, dois casos importados de dengue, um importado de zika e cinco importados de chikungunya. Os números de 2016 são bem superiores: 354 de dengue, entre autóctones (301) e importados (53); 29 importados de chikungunya; e 40 casos de kiza, sendo 26 importados e 14 autóctones.
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