Onde est� o Aedes?

nível de
atenção

12/12/2017

Capacitação sensibiliza para diagnóstico de arboviroses

Médicos e enfermeiros de Pronto Atendimentos, Unidades de Pronto Atendimentos (UPA), de emergências hospitalares e que atuam em controle de infecção e núcleos de vigilância epidemiológica hospitalar participaram na manhã desta terça-feira, 12, de uma atualização profissional na sede da Vigilância em Saúde da Secretaria  Municipal de Saúde (EVDT/CGVS/SMS) sobre alertas ambiental e epidemiológico relacionados às arboviroses (doenças transmitidas por insetos, como dengue, zika, chikungunya e leishmaniose visceral).

 Aberta pelo secretário municipal adjunto da Saúde Pablo Sturmer e pelo diretores da CGVS, Anderson Lima e José Carlos Sangiovanni, a capacitação teve como objetivo sensibilizar os profissionais para a importância de, em atendimento a pacientes, não descartar dos diagnósticos a possibilidade das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e da leishmaniose visceral, doença nova no cenário da Capital e que já vitimou fatalmente quatro pessoas em Porto Alegre desde 2016.

Sturmer enfatizou a necessidade de os profissionais estarem alertas porque ao longo de todo o ano de 2017 a infestação vetorial não caiu a zero, como em anos anteriores. “Com a presença do mosquito, o risco de transmissão local é grande. Por isso é importante estarmos atentos aos sintomas das doenças no momento do diagnóstico”, frisou o gestor. Em relação à leishmaniose visceral, o secretário frisou o fato de ser uma doença nova, muitas vezes confundida com quadro compatível à leucemia, exige dos profissionais atenção redobrada com a chegada do verão, época em que o vetor, o mosquito-palha está em pleno desenvolvimento.

De acordo com o médico veterinário Luiz Felippe Kunz Júnior, a série histórica indica que em todos os anos em que houve transmissão autóctone de dengue, zika ou chikungunya na cidade, o caso índice foi importado, ou seja, um morador de Porto Alegre viajou a um local com transmissão viral, foi infectado em viagem e no retorno a Porto Alegre foi picado por uma fêmea do Aedes que, então, iniciou a transmissão local das doenças. “Por isso, insistimos na importância de os profissionais perguntarem aos pacientes se eles têm histórico de viagem durante o atendimento e, ao notificarem o caso à Vigilância, referirem o endereço correto do doente, o que auxiliará na adoção das medidas de controle vetorial indicadas”, explicou Kunz Júnior.

Foram palestrantes na capacitação profissional os técnicos da Vigilância em Saúde da SMS Raquel Borba, enfermeira, Sônia Thiesen, veterinária, e Getúlio Dornelles, biólogo. O encontro foi coordenado pelo chefe da Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis da SMS Benjamin Roitman.   

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